terça-feira, 14 de junho de 2016

Férias – Parte 1: “Olá! Olá!”



14 de Junho

Por estes dias a palavra que tanto eu, como o J. mais ouvimos é olá. Até à exaustão. E não, nem estou a falar da música comemorativa dos 20 anos do canal Panda, cuja melodia já ouvi tantas mães e pais a trautear por esse país fora.

Embora já diga mamã e dá, a verdade é que acho que podemos considerar olá como a primeira palavra da Luísa. É que olá ela sabe aplicá-la no momento certo e já entende o seu significado, já mamã tanto serve para mim, como para o pai e às vezes é capaz de estar minutos a “cantar” mamã sem que nos pareça que esteja a chamar por um de nós. Já o dá só diz quando lhe convém, principalmente quando no horizonte está alguma coisa que ela goste de comer…

Aproveitando o feriado tiramos uns dias de férias e para além das rotinas diferentes e novos ambientes que em nada assustam a nossa Apressada (temos rapariga mais do que apta ao passeio) chegamos à conclusão que temos uma filha que só quer ser o centro das atenções. Medo. E que já se acha um máximo. Medo a dobrar.

Basicamente em qualquer restaurante, café ou piscina por onde passamos a Luísa tentava interagir com qualquer pessoa…provocando-a. E como? Com uns quantos olás e acenos de mãos (às vezes na casa das dezenas) até a pessoa visada não puder fazer de conta que não a ouvia e ter de reagir.

Às vezes a coisa corria-lhe bem e lá acertava em alguém que lhe achava graça e conseguia os seus minutos de glória e gabarolice. Outras vezes errava no alvo e lá levava com um sorriso amarelito de quem já não tem pachorra para aturar bebés pequeninos. O problema é que nestes casos ela não se dava por rogada e insistia nos olás, como quem diz é só isso que tens para mim? E nessas alturas lá tínhamos nós que tentar desviar-lhe a atenção e pedir desculpa à pessoa em causa, que depois de trinta olás já estava com aquela cara de poucos amigos.

Mas quem é que sinceramente consegue resistir ou ser meio antipático a uma bebé de sorriso fácil, cara redondinha e de carrapito no ar, qual palmeira? Bahhh. Adultos. É verdade que a rapariga às vezes até se tornava chata, mas é só uma bebé. O pior de ser adulto é quando nos esquecemos do que é ser criança.

Em casos extremos o sucesso foi tanto, que uma menina de uma casa de waffles não resistiu e andou com ela ao cólo. Aí é que dona Luísa se sentiu nas nuvens. Todo o seu esforço tinha sido recompensado com uma voltinha pelo estabelecimento comercial para ver uns passarinhos no tecto.

Ou, por exemplo, no bar do Hotel enquanto eu pedia água quente para o biberão, contou-me o J. que primeiro tentou meter-se com um senhor. Não tendo sucesso mudou o alvo para uma senhora que estava mais interessada em ver o jogo de Itália do que perder tempo com ela. A sorte chegou-lhe em forma de um casal de brasileiros que lhe acharam um piadão e se riam a cada olá e aceno que ela fazia. Era vê-la toda contente com o seu sucesso.

Habituada a ser o centro das atenções da família a nossa Apressada não aceita caras carrancudas e na falta de atenção dispara uns olás.
A continuar assim não vai herdar a timidez do pai ou a vergonha da mãe.

Olá! Olá! Eu estou aqui!

1 comentário:

  1. Coisa fofa, aqui a tia Joana também quer um olá!
    Olá também foi das primeiras palavras da Baby C. (mamã(a?) só em desespero de fim de dia), mas a minha é selectiva ;) não há cá olás para todos hehehe

    ResponderEliminar