domingo, 20 de março de 2016

Alerta vírus tomba-adultos!



19 de março de 2016

Querem saber como é que uma pirralha de quase 11 meses faz tombar cinco adultos?
É fácil, fácil. Com uma virose. Por cá aprendemos a não subestimar o poder de contágio de um pisco de 8kg e que gatinha por todo o lado.
Esta semana ficamos a saber o que é uma virose, essa palavra que tanto se ouve falar pelos médicos e outros pais.

Tudo começou por uma manhã a Luísa acordar com um mega cocó, daqueles que já não me lembrava de mudar desde que ela tinha poucos meses. Para ser mais descritiva só posso dizer que foi até ao pescoço! Chuveirada matinal e toca de ir para casa dos avós, sem grandes preocupações.
À hora do almoço os meus sogros informavam que ela estava mais sossegada que o normal e a dormir mais que os 20 minutos do normal. Ao longo do dia foram-se repetindo as fraldas bem cheias, transbordantes e muito, mas mesmo muito malcheirosas.
À noite, cá por casa, a coisa parecia estabilizada. Tinha sido só uma descargazita, pensamos nós.

Novo dia, nova dose de cocós cada vez mais líquidos e muito malcheirosos e pilhas de roupa suja. Apesar disso a Luísa estava aparentemente bem. Não tinha febre, continuava a brincar e a querer gatinhar tudo, apenas o apetite não estava igual aos outros dias. Para quem tem bebés que comem bem, ver que eles perderam o apetite é logo sinal de alarme ou de ficar atento.

Já em dia de ir para casa da tia G. ligam-lhe os meus sogros a dizer que tinham passado muito mal a noite, com náuseas, vómitos e diarreia. Ainda não tínhamos ligado os pontos todos… E nesse dia continuou o desfile de fraldas sujas.

Como a Luísa não tinha febre íamos monitorizando a evolução sem grande alarme, atribuindo sobretudo aos dentes estas revoluções intestinais e os meus sogros a pensar que tinham comido qualquer coisa estragada.
Com dois adultos já KO – a minha sogra até febre teve – seguiu-se o terceiro: eu! E aí fez-se luz.

Comecei o dia a pensar que me tinha caído mal o pequeno-almoço, por o ter tomado à pressa, mas as náuseas continuaram toda a manhã e tarde. A meio da tarde já nem estava concentrada no trabalho, até que tive de me vir embora, mas antes passei na farmácia. Lá, senti-me tão mal, a ponto de quase desmaiar. Comecei a sentir o suor a escorrer-me pelas costas abaixo e uma vontade de vomitar, mas sem o conseguir. A meio do atendimento tive que dizer que me ia sentar e a farmacêutica trouxe-me um copo com água. E lá estive eu quase 10 minutos sentadita no banco da farmácia a pedir a todos os santinhos para não desmaiar. Não é que estivesse num mau lugar para desmaiar, mas o que se adivinhava a seguir podia não ser bonito e só queria chegar a casa.

Liguei à minha mãe a pedir que fosse buscar a Luísa a casa da tia G. e fui diretamente para casa dos meus pais, onde por acaso até ia ficar a dormir com a Luísa nessa noite, por o J. estar fora.
Meus amigos e minhas amigas, mas que noite… Para além de não conseguir pôr nada à boca, de 30 em 30 minutos estava na casa de banho. Foi um belo detox. Só digo isto.
E vão três adultos tombados.

Àquela altura já todos estávamos conscientes que a virose da Luísa estava a viajar à velocidade da luz por todos nós.
O seguinte? O pai J. Ah pois, ninguém escapa. Mesmo a uns largos quilómetros de distância naquele dia, o J. não se livrou de levar com ele o querido vírus. Felizmente como já estava avisado atacou o monstro cedo e evitou uma grande desgraça, teve direito a uma desgraça mais pequenina. Mas mesmo assim desgraça.

Enquanto isto a Luísa continua relativamente bem, apenas a registar as doses elevadas de cocó e a diminuição de apetite à exceção do biberão de leite.

Então, mas se já falei dos meus sogros, de mim e do J., falta um adulto tombado. Pois é, foi o meu pai. Como ficamos a dormir em casa dos meus pais, no dia em que o J. esteve fora, o vírus conseguiu ainda atingir o meu pai, que adora andar com ela ao cólo a dançar. Um vírus muito mais fraquinho, claro. O meu pai já só sentiu dores no corpo, como se fosse uma gripe e algumas náuseas, nada que uma boa noite de sono não conseguisse curar.

No meio disto tudo salvaram-se a minha mãe e a tia G., que talvez por trabalharem com crianças há décadas já estejam mais do que vacinadas contra viroses.

A virose da Luísa é a prova de que não é preciso andar numa creche para se apanhar doenças. Nesta fase em que a Luísa gatinha tudo, lambe tudo e põe este mundo e o outro à boca é fácil apanhar qualquer tipo de vírus. Por isso, tendo em conta a nossa experiência recente abençoada vacina Rotateq que a nossa Pediatra aconselhou a dar, mesmo a Luísa não frequentando um infantário. É que sem a vacina esta virose teria, quase de certeza, posto a minha menina “de cama” como ficaram os cinco adultos que ela tombou.





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