sábado, 21 de fevereiro de 2015

It takes a whole village to raise a child

20 de Fevereiro



Há um provérbio africano que traduzido à minha moda diz que é preciso uma aldeia inteira para se criar uma criança. Sempre acreditei na verdade deste provérbio. As mães são super mulheres, mas nem tanto…



Logo após o meu internamento a minha aldeia começou quase automaticamente a organizar-se em prol da Luísa e do meu bem-estar.



Desde a minha mãe e o J. encarregues de me trazerem tudo o que eu precisaria e de tratarem da casa, à minha tia do coração G. que me fez companhia de tarde, quase todos os dias, no Hospital, ou à minha madrinha capaz de trazer um hipermercado inteiro para a minha minúscula mesinha de cabeceira para que nada me faltasse, à minha tia C. que antes de viajar não descansou enquanto não me foi ver e levar revistas e jornais para me distrair a mente.

Como não tinha ainda camisas de dormir (andava com duas da minha mãe, porque ainda não tinha começado a comprar as coisas para mim para a maternidade), outra tia do coração que tenho, a M., foi à revenda comprar-me duas e ainda me emprestou outras quatro dela.

Não posso esquecer as minhas amigas e amigos: a J. sempre preocupada com o meu estado e que me emprestou o wifi dela, a V. e o C. que aguentaram horas na sauna que é o Hospital para me fazerem companhia, a L. que me faz sempre rir (e teimou que os meus pés estavam inchados, mas não estão!!), e não posso esquecer os telefonemas da minha “lisboeta” M. e da minha outra grávida em repouso A.M. e as centenas de mensagens que recebi de outras pessoas.



Todas estas pessoas e muitas outras ajudaram-me a passar os dias e a enfrentar com mais otimismo a minha sorte.

Foram tantos os gestos de amor, renúncia da vida própria, vontade em minimizar a minha angústia que 5.000 caracteres não chegariam para agradecer tudo o que fizeram e continuam a fazer por nós, Luísa.



Ainda não nasceste e a aldeia que te vai ajudar a criar já mostra provas infindáveis de amor. No dia em que nasceres (daqui a muitas semanas, já sabes!) vais sentir a presença de todas essas pessoas e a mãe e o pai sabem que não estão sozinhos, nesta odisseia que será a tua vida. Temos muita sorte de pertencer a uma aldeia assim.

4 comentários:

  1. Aninha não sabia do teu estado de "grávida de risco" e queria-te enviar um xi do tamanho do mundo, tenho a certeza que tudo vai correr bem e que a petit Luisa vai-se aguentar no ninho muitas e muitas semanas*

    Se precisares de alguma coisa, apita eu e o Afonso temos todo o gosto em fazer parte da tua aldeia, nem que seja se precisares de alguem para reclamar/gritar/etc * beijinho grande Bárbara*

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Olá Bárbara! Obrigada pelas tuas palavras. Um beijinho grande para vocês os três. Espero que esteja tudo bem contigo também.

      Eliminar
  2. Olá Ana :) o teu J. contou-me tudo :( espero que tudo corra bem :) um beijinho grande pa vocês as 2 e muita força :)

    ResponderEliminar