13 de Fevereiro
O dia no Hospital é cheio de
rotinas. Três vezes ao dia, aqui no paraíso das grávidas de risco, nos medem a
tensão e fazemos os traçados. Os traçados consistem em registar se temos ou não
contrações e qual a sua intensidade/frequência e ainda o batimento cardíaco do
bebé. Além disso, dão-nos uma espécie de botão para a mão que temos de apertar
sempre que sentimos o bebé a mexer.
Quando fui internada a palavra
contrações não fazia parte do meu léxico. O cólo do útero reduzido já servia
para me ocupar os dias de preocupação e estava somente concentrada nesse
problema. Ora chegando à hora dos traçados, sempre que sentia a minha barriga
mexer lá apertava eu o botão, tranquila da vida a pensar que eram meros
movimentos da Luísa apressada. Quando a enfermeira me disse que eu estava a ter
contrações e as estava a registar como movimentos do bebé fiquei espantada. CON-TRA-ÇÕES?!
Contrações às 26 semanas? Não bastava o cólo do útero estar a abrir-se e ainda
me queria expulsar a miúda para o mundo?
E foi a partir daí que os meus
dias passaram a ser mais centrados nas contrações que noutra coisa.
Mais tarde a médica explicou-me
que desde que fossem contrações sem dor e que não tivesse perda de sangue ou
líquido amniótico não haveria razão para alarme, mas era importante estar
sempre atenta às minhas “novas amigas” e qualquer alteração na sua frequência
ou intensidade deveria comunicar.
Uma das enfermeiras durante um
dos traçados assistiu a uma contração e mostrou-ma. Basicamente sempre que a
minha barriga começava a ficar dura e a crescer como um balão era uma contração,
que eu anteriormente pensava que era a Luísa a espreguiçar-se cheia de força.
Nesse momento fez-se luz. Alto! Eu
já tinha vindo a assistir a estes movimentos da minha barriga há algumas semanas,
mas pensava que era sempre a bebé. Até chamava o J. para ver a minha barriga a
mexer-se. Se eu me tivesse apercebido há mais tempo… mas quem é que às 24, 25
semanas na altura imaginaria que estava a ter contrações?
Assim, agora os meus dias são um
verdadeiro diário de contrações, onde uns dias são menos frequentes e
levezinhas e noutros voltam a galope. Ter ou não ter contrações, eis a questão…
Prima, eu comecei com contracções às 28 semanas, se tivesse um dia muito cansativo à noite era um fartote!!! Mas essas até lhes achava piada e pensava bem se for assim nem preciso de epidural... ai não que não precisei!!! força aí Luísinhas ;)
ResponderEliminarO meu problema é ter as contrações e o cólo reduzido. Estas raparigas dão-nos que fazer... Beijinhos
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