14 de Junho
Por estes dias a palavra que tanto eu, como o J. mais ouvimos é olá.
Até à exaustão. E não, nem estou a falar da música comemorativa dos 20 anos do
canal Panda, cuja melodia já ouvi tantas mães e pais a trautear por esse país
fora.
Embora já diga mamã e dá, a verdade é que acho que podemos considerar
olá como a primeira palavra da Luísa. É que olá ela sabe aplicá-la no momento
certo e já entende o seu significado, já mamã tanto serve para mim, como para o
pai e às vezes é capaz de estar minutos a “cantar” mamã sem que nos pareça que
esteja a chamar por um de nós. Já o dá só diz quando lhe convém, principalmente
quando no horizonte está alguma coisa que ela goste de comer…
Aproveitando o feriado tiramos uns dias de férias e para além das
rotinas diferentes e novos ambientes que em nada assustam a nossa Apressada
(temos rapariga mais do que apta ao passeio) chegamos à conclusão que temos uma
filha que só quer ser o centro das atenções. Medo. E que já se acha um máximo.
Medo a dobrar.
Basicamente em qualquer restaurante, café ou piscina por onde passamos
a Luísa tentava interagir com qualquer pessoa…provocando-a. E como? Com uns
quantos olás e acenos de mãos (às vezes na casa das dezenas) até a pessoa visada
não puder fazer de conta que não a ouvia e ter de reagir.
Às vezes a coisa corria-lhe bem e lá acertava em alguém que lhe achava
graça e conseguia os seus minutos de glória e gabarolice. Outras vezes errava
no alvo e lá levava com um sorriso amarelito de quem já não tem pachorra para
aturar bebés pequeninos. O problema é que nestes casos ela não se dava por
rogada e insistia nos olás, como quem diz é só isso que tens para mim? E nessas
alturas lá tínhamos nós que tentar desviar-lhe a atenção e pedir desculpa à
pessoa em causa, que depois de trinta olás já estava com aquela cara de poucos
amigos.
Mas quem é que sinceramente consegue resistir ou ser meio antipático a
uma bebé de sorriso fácil, cara redondinha e de carrapito no ar, qual palmeira?
Bahhh. Adultos. É verdade que a rapariga às vezes até se tornava chata, mas é
só uma bebé. O pior de ser adulto é quando nos esquecemos do que é ser criança.
Em casos extremos o sucesso foi tanto, que uma menina de uma casa de
waffles não resistiu e andou com ela ao cólo. Aí é que dona Luísa se sentiu nas
nuvens. Todo o seu esforço tinha sido recompensado com uma voltinha pelo
estabelecimento comercial para ver uns passarinhos no tecto.
Ou, por exemplo, no bar do Hotel enquanto eu pedia água quente para o
biberão, contou-me o J. que primeiro tentou meter-se com um senhor. Não tendo
sucesso mudou o alvo para uma senhora que estava mais interessada em ver o jogo
de Itália do que perder tempo com ela. A sorte chegou-lhe em forma de um casal
de brasileiros que lhe acharam um piadão e se riam a cada olá e aceno que ela
fazia. Era vê-la toda contente com o seu sucesso.
Habituada a ser o centro das atenções da família a nossa Apressada não
aceita caras carrancudas e na falta de atenção dispara uns olás.
A continuar assim não vai herdar a timidez do pai ou a vergonha da
mãe.
Olá! Olá! Eu estou aqui!
Coisa fofa, aqui a tia Joana também quer um olá!
ResponderEliminarOlá também foi das primeiras palavras da Baby C. (mamã(a?) só em desespero de fim de dia), mas a minha é selectiva ;) não há cá olás para todos hehehe